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25/06/2021

Por que ainda há resistência para digitalização do canteiro de obras?

por Diego Mendes

Quando falamos em digitalização do canteiro de obras, estamos nos referindo a uma remodelação na cultura organizacional das empresas, afinal, elas estão inseridas em um dos setores menos inovadores da indústria.

Para você ter uma ideia, somente 13% das construtoras se encontram num estágio mais avançado de transformação digital e 58% ainda estão iniciando esse processo. Os dados, divulgados numa pesquisa global da IDC — “Digital Transformation: The Future of Connected Construction” —, revelam como ainda é necessário superar certos mitos sobre a inovação e buscar novos recursos para resolver problemas ainda bastante comuns, como atrasos na obra e orçamentos estourados.

Mas que crenças são essas que limitam o olhar de muitas lideranças sobre a tecnologia, impedindo-as de otimizar suas atividades e negócios?

 

4 mitos da digitalização do canteiro de obra

Grande parte das construtoras e incorporadoras ainda orienta seus processos de forma analógica. Essa prática, no entanto, impede não apenas o aumento da eficiência e da produtividade, como também a redução de erros. Mas por que há tanta resistência em incorporar a tecnologia?

Veja os 4 mitos da transformação digital na construção civil:

 

1. “Inovar custa caro…”

Esse é um dos principais mitos sobre a transformação digital. Se na hora de escolher uma solução para investir você levar em consideração só o custo do produto, é provável que você desista e continue realizando seus processos de forma analógica.

É essencial pensar no retorno que uma ferramenta pode proporcionar ao seu negócio, considerando o médio e longo prazo. Além de facilitar a vida do seu time de campo, a tecnologia aumenta a produtividade ao reduzir, por exemplo, o tempo dedicado ao controle de revisões de projetos. Ao considerar as horas — caras — da equipe de engenharia que ainda executa muitas tarefas manuais e repetitivas, somadas ao prejuízo causado pelo consumo de informações desatualizadas em campo, o ROI (Retorno sobre o Investimento), invalida a tese acima. Em outras palavras, deixar de investir em inovação tem um custo e impacto muito maior. 


2. “A digitalização é um processo complexo e difícil…”

Todos os novos processos requerem engajamento e treinamento para que sejam bem difundidos numa empresa, o que não significa que a implantação e a manutenção dessas novas tecnologias precisam ser trabalhosas e difíceis. 

Parte da ideia de que digitalização é um processo trabalhoso, decorre de práticas anteriores, nas quais a tecnologia era aplicada a sistemas internos complexos  não  manuseados e direcionados para as equipes de frente, o que não refletia em vantagens percebidas para todos. A digitalização focada na ponta — isto é, em quem executa — precisa ser complexa e completa da “porta para dentro”, e simples e prática “da porta para fora”. Isso reflete em todo o processo de transformação, que deve ter os seus objetivos e propósitos claros para quem utiliza.  


3. “O time não vai aprender a usar a tecnologia…”

Assim como o time de campo aprende a usar novas ferramentas de trabalho, eles também podem aprender a utilizar ferramentas digitais. Para engajá-los, no entanto, é necessário apresentar as melhorias que suas rotinas vão ter com a adoção da nova solução, além de treiná-lo. 

Vale lembrar que várias ferramentas — inclusive para gestão de plantas e projetos — podem ser usadas em smartphones, aparelhos que praticamente todo brasileiro possui. De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há 234,1 milhões de celulares em uso no país, ou seja, a cada 100 habitantes, cerca de 97 possuem um aparelho móvel.

Portanto, quando você investe em tecnologias para serem usadas não apenas pela engenharia, mas também pela equipe no canteiro, o aprendizado se torna muito mais fácil e a ferramenta pode ser rapidamente incorporada às rotinas de trabalho.


4. “A inovação aumenta os riscos e impacta negativamente os projetos…”

Quando uma construtora inova em soluções integradas — como o BIM (Building Information Modeling) —, é possível ter maior controle de cada etapa do empreendimento, desde a concepção do projeto até sua execução. Esse tipo de ferramenta permite a quantificação dos insumos e serviços previstos, e ainda o estabelecimento de processos estruturados e automatizados. Dessa forma, as atividades do canteiro de obras têm uma sequência mais precisa, previsível e controlada.

Portanto, a digitalização, quando bem estruturada, centralizada e integrada, proporciona maior produtividade, controle, transparência e segurança na execução da obra.

 

Por que a construção civil deveria investir mais em tecnologia 

Se você almeja tornar sua empresa mais competitiva e não ficar para trás perante a concorrência, invista em tecnologia. Soluções para digitalização do canteiro de obras, trazem diversos benefícios que podem fazer sua organização se destacar. 

Confira os principais benefícios da digitalização:

  • Maior organização das atividades;
  • Mais cumprimento dos prazos;
  • Melhor utilização dos recursos;
  • Aquisição de produtos em conformidade com o projeto, de boa qualidade e preço competitivo;
  • Acompanhamento do fornecimento e estoque de materiais;
  • Controle de todas as atividades do canteiro de obras;
  • Redução de custos;
  • Aumento da qualidade final do projeto.

Assim como já acontece em outros setores, a inovação está deixando de ser um diferencial, para se tornar um pré-requisito no mercado da construção civil. Promova a transformação digital na sua empresa e fortaleça sua presença no setor.

Gostou do material? Acompanhe as nossas publicações e saiba mais sobre inovação no canteiro de obras e na construção civil! 

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